A Harley, a fabricante das motos estradeiras famosas pelo acelerador barulhento, disse em junho que está estudando vender uma moto elétrica relativamente silenciosa.
A empresa vê a energia elétrica como uma forma de reduzir as emissões e se prepara para uma época em que o combustível derivado de petróleo poderá ser mais escasso.
Esta também é uma forma de atrair consumidores mais jovens e ricos que querem uma forma limpa de se locomover em grande estilo sem gastar US$ 100.000.
As redes sociais têm sido uma fatia importante do esforço de marketing da Harley. A Project Livewire, como a moto é chamada, reuniu 340 milhões de impressões nas mídias sociais até meados de julho. Para ajudar a impulsionar isso, quem realiza o test-drive é incentivado a trabalhar suas conexões.
“Os e-mails e redes sociais deram aos fãs da Harley uma voz mais alta e mais acesso”, disse Erik Gordon, professor da Faculdade de Negócios Ross da Universidade de Michigan, em entrevista. “O ponto positivo da Harley é que eles veem isso como um ativo, não como uma ameaça”.
O alcance da bateria da moto elétrica é de cerca de 84,8 quilômetros e o motor pode ser operado em três modos: esporte, força e alcance. Não há marchas para trocar, por isso o protótipo trafega tão facilmente quanto uma mobilete, embora assustadoramente rápido.
A aceleração vai de zero a 60 milhas (97 quilômetros) por hora em menos de quatro segundos. A moto tem freios de pé e de mão e também desacelera rapidamente quando o motorista solta o acelerador.
Se a Harley realmente se tornar verde, competirá contra um punhado de empresas, incluindo a Brammo Inc., que tem sede em Talent, Oregon, e a Zero Motorcycles Inc., com sede em Scotts Valley, Califórnia.
A versão elétrica “atrairá um novo grupo de clientes”, disse Wandell. “Ela está fazendo com que pessoas que talvez normalmente não pensassem em nossos produtos agora pensem neles”.
Fonte: Revista Exame